Sonhos ante-mortem seriam tranquilizadores para os pacientes que estão prestes a chegar à “vida” após a morte! Mas seriam também uma forma de tranquilizar os entes queridos que não podem estar com o paciente moribundo no derradeiro momento.
No período da pandemia do coronavírus, estar com entes queridos à medida que a morte se aproximava tinha se tornado quase impossível… Muitas pessoas morreram sozinhas em um quarto de hospital! Não que estivessem abandonadas, mas sim porque os familiares não podiam estar presentes.
Para os entes queridos, é uma provação psicológica difícil não poder estar presente neste momento. Mas um estudo do Dr. Christopher Kerr baseado nos sonhos de pacientes terminais poderá dar um pouco de tranquilidade aos entes queridos. Se, por alguma razão, não podermos estar com os nossos doentes, nós vamos, pelo menos, imaginar que eles estão partindo em paz!
UM LIVRO PARA EXPLICAR ESSA TEORIA
Em um livro, em inglês, intitulado A MORTE É APENAS UM SONHO, o geriatra Cristóvão Kerr tenta explicar os mistérios desses sonhos ante-mortem! Lembrando que todos os estudos sobre experiências relacionadas à morte são bastante desestabilizadores, e este é um deles.
Foi observando esses pacientes que o Dr. Kerr decidiu focar não só no físico, mas também no psiquismo do paciente. Segundo relato das enfermeiras que cuidavam dos pacientes, os sonhos com entes queridos que já tinham falecidos voltavam ao inconsciente desses pacientes, à medida que eles se aproximavam da morte. Então, o que seriam esses sonhos? – Alucinações causadas por tratamentos paliativos ou fontes reais de conforto?
O Dr. Kerr não tem a resposta para essas perguntas, mas o seu trabalho é um estudo interessante. Tudo começou quando uma de suas pacientes embalava um bebê imaginário enquanto ela se aproximava de sua própria morte. O Dr. Kerr percebeu que esse bebê era provavelmente aquele que Maria, a paciente, havia perdido anos antes. O médico estava convencido de que esse comportamento tinha um efeito tranquilizador em sua paciente. Foi quando ele chegou à conclusão que talvez fosse mais interessante ouvir o paciente, em vez de “apenas” tratar sua dor física.
O PROJETO DO DR. KERR
Durante 10 anos, o médico registrou os testemunhos de 1400 doentes terminais e seus familiares. Os pacientes vêm de diferentes idades, culturas e origens sociais! No entanto, 80% deles tinham o mesmo tipo de sonho que envolvia entes queridos já falecidos. E com a aproximação iminente da morte, os sonhos se tornavam ainda mais frequentes.
Na maioria das vezes, os pacientes viam parentes falecidos ou seus animais de estimação que também já havia falecido. Embora a ciência obviamente não possa provar nada, Kerr diz que sonhar com esses entes queridos parecia confortar os pacientes. Era como se esses seres que partiram os esperassem do outro lado!
Por exemplo, casais de idosos separados pela morte sonhavam com o parceiro morto. No caso das crianças, quando elas enfrentavam a morte iminente, essas crianças costumavam sonhar com seus animais de estimação. Sendo que foi constatado que esse tipo de visões, anteriores à morte, permitia, uma certa aceitação, por parte do paciente, da própria morte. Pois, essas visões ajudavam a diminuir o medo e a aceitar a morte com mais serenidade.
Embora possa parecer impensável, o Dr. Kerr afirma que isso também facilitava o luto daqueles que ficavam. Pois saber que seu ente querido partiu de forma mais serena era benéfico para todos!
Mas, seriam essas visões apenas sonhos? – Ou, como muitas pessoas acreditam, as visitas são de fato feitas por aqueles que já partiram? Ou seja, que realmente existe algo depois da morte do corpo físico?
Se este assunto lhe interessa, CLIQUE AQUI, e veja a palestra do Dr. Kerr no TEDxBuffalo na íntegra no YouTube.
É muito importante saber que depois da física quântica precisamos saber que somos energia. E energia acaba ou muda de forma? Sonhos ou uma realidade que nada ou pouco sabemos? Vale a crença de cada um de nós. Não há uma resposta clara quando falamos do mundo invisível.