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POSTURAS DE IOGA PARA AUMENTAR A LIBIDO

QUANDO O DESEJO ESTÁ EM BAIXA, SERÁ QUE ALGUMAS POSTURAS DE IOGA PODEM AJUDÁ-LO A RECUPERAR SUA ENERGIA SEXUAL?

Acontece com todo mundo: a libido no ponto morto, o desejo sexual que se esgota.

Libido ou distúrbios sexuais são muito comuns e afetam mulheres e homens. Então, como aumentar sua libido e recuperar sua vitalidade?

O QUE CAUSA BAIXA NA LIBIDO EM HOMENS OU MULHERES?

A falta de desejo se instala em milhões de casais e pode estar ligada a uma variedade de fatores.

Muitas vezes, uma diminuição da libido feminina inclui uma combinação de fatores fisiológicos ou psicoemocionais. Assim, um ritmo de vida excessivamente acelerado, tensões dentro do casal, perda de autoconfiança, o uso de certos medicamentos ou o período do ciclo menstrual são eventos que podem levar a uma diminuição do desejo.

Os homens não estão imunes à perda da libido. Para eles, muitas vezes a ausência de libido pode estar ligado à idade, estresse, um estado depressivo ou um problema hormonal, como a falta de testosterona durante a andropausa, entre outros.

Mas é sempre possível reacender a chama! Vamos dar uma olhada em como despertar sua energia sexual praticando Ioga.

COMO AUMENTAR SUA LIBIDO COM A PRÁTICA DA IOGA?

Além das razões médicas que poderiam explicar uma queda na libido, uma perda temporária de desejo poderia muito bem ser esquecida graças a algumas posturas de Ioga.

IOGA E SEXO

Os Iogues percebem isso diariamente: praticar Ioga permite uma melhor circulação da energia vital e sexual. Essa maior consciência do corpo incentiva o desapego. Cabeça e corpo são liberados de tensões que podem ser a causa da diminuição do desejo.

Além do relaxamento geral, técnicas de respiração e certas posturas ajudarão a suavizar e fortalecer o períneo para uma sexualidade plena.

AQUI ESTÃO 5 POSTURAS DE IOGA PARA AUMENTAR SUA LIBIDO

1.    AFASTANDO O ESTRESSE

Esta primeira postura de Ioga é bem simples. Sentado confortavelmente com as costas retas, feche os olhos. Relaxe todo o corpo, do topo da cabeça às extremidades. Relaxe as mandíbulas, testa, sobrancelhas. Com as mãos nos joelhos, junte o polegar e o indicador. Concentre-se na sua respiração.

2.    SUAVIZA TODO O CORPO

A pose do dançarino ou natarajasana é uma postura de equilíbrio que suaviza as articulações.

Fique de pé sobre a perna direita e levante a perna esquerda para trás. Pegue o pé esquerdo com a mão esquerda: empurre o pé para dentro da mão, abra o peito e incline a parte superior do corpo para frente, mantendo os quadris paralelos. Segure por 3 a 5 respirações.

3.    LIBERANDO A PELVE

Realizar movimentos de ante versão e retroversão da pelve para suavizá-la. Em pé, com os pés afastados na largura dos ombros e os joelhos ligeiramente dobrados, inspire suavemente enquanto inclina os quadris para frente. Na próxima expiração, incline os quadris para trás, contraindo levemente os glúteos. Ao final da expiração, contraia o períneo com mais força e mantenha o ventre contraído.

4.    ABRA OS QUADRIS

Melhore a abertura do quadril com a pose de borboleta, baddha-konāsana. Sentado em seu tapete, encontre equilíbrio nos ossos sentados. Com as costas retas, junte as solas dos pés. Ao manter a caixa torácica aberta, aproxime os calcanhares o mais próximo possível da área púbica. Como a borboleta, faça batidas curtas, mas com as coxas!

5.    FORTALECER O ASSOALHO PÉLVICO

Uma das posturas de Ioga voltada para o fortalecimento muscular por excelência, navasana ou postura de barco, tonifica os músculos do assoalho pélvico para dez vezes mais prazer sexual!

Sentado no tapete com as pernas esticadas à sua frente, incline as costas para trás, mantendo-as retas. Ao inspirar, levante as pernas, dobrando os joelhos para que as panturrilhas fiquem paralelas ao chão. Com os braços esticados à sua frente, estique as pernas para formar um V com o corpo. Segure a pose por 3 a 5 respirações e relaxe.

OS HUMANOS USAM 100% DE SEUS CÉREBROS

Afinal, os humanos usam 10% ou 100% de seus cérebros?

“A maioria dos seres humanos usaria apenas 10% de seus cérebros. Mas imagine se os humanos conseguissem usar 100% de seus cérebros?”, questiona Morgan Freeman no filme Lucy, de Luc Besson.

Mas será que estamos realmente usando apenas 10% da capacidade do nosso cérebro?

Muitos fatores alimentaram a ideia de que os humanos usam apenas 10% de seus cérebros. Mas isso é um mito. Um neuromito precisamente. Para Christophe Rodo, doutorando em neurociência no CNRS: “O mito dos 10% é totalmente falso! Não há evidências que confirmem isso. Na verdade, estamos usando nossos cérebros a 100% de sua capacidade.”

Em 2013, uma pesquisa americana realizada pela Michael J Fox Foundation for Parkinson’s Research descobriu que 65% das pessoas acreditam nesse mito.

A ORIGEM DO MITO

Um homem tentou rastrear as origens do mito dos 10%. Ele é Barry L. Beyerstein, cientista e professor de psicologia na Simon Fraser University, em Burnaby. Para ele, esse mito vem de um grande psicólogo americano do século passado, William James: “Em seus trabalhos, ele gostava de dizer que a pessoa média raramente chega a 100%, mas apenas uma pequena parte de seu potencial”. Pesquisadores da Université de Montréal também tentaram rastrear a fonte. De acordo com eles, Albert Einstein foi creditado por dizer que suas altas habilidades intelectuais são devidas à sua capacidade de usar mais de 10% de seu cérebro.

COMO USAMOS AS HABILIDADES DO CÉREBRO?

“Os seres humanos usam 100% de seus cérebros, ou seja, todo o cérebro, exceto em casos de lesões graves. Mas nem todas as peças funcionam 100% ao mesmo tempo. A porcentagem exata que usamos varia de pessoa para pessoa. Portanto, não podemos saber exatamente com certeza”, diz Barry Beyerstein.

Nos últimos anos, estudos de ressonância magnética mostraram que a atividade cerebral é detectável por pequenas áreas que se iluminam na tela. É verdade que você nunca vê todas as áreas ativas ao mesmo tempo. Joe Doux, professor de neurociência e psicologia da Universidade de Nova York, diz: “O cérebro pode estar 100% ativo realizando uma tarefa, mesmo que apenas uma pequena parte dele seja inteiramente dedicada a ela”. Até agora, nenhum experimento descobriu neurônios inúteis.

O QUE ACONTECERIA SE USÁSSEMOS 100% DE NOSSAS FUNÇÕES O TEMPO TODO?

Nossos cérebros seriam poderosos demais para nossos corpos lidarem. Da mesma forma que um carro consome mais em primeira, o motor explodiria. O cérebro representa 2% da nossa massa corporal e consome cerca de 20% da nossa energia. Em consequência, isso exigiria uma forte irrigação de sangue.

Diante da falta de oxigênio, o corpo entraria em modo de sobrevivência. Diferentes órgãos deixariam de funcionar em ordem de importância. Além disso, nossos neurônios trabalhariam o tempo todo, nossos cinco sentidos precisariam analisar constantemente. Portanto, tornaria nossos julgamentos um pouco obscuros.

De acordo com o estudo da Université de Montréal: “Pode-se também pensar que essa ideia preconcebida persiste porque alimenta a esperança legítima e provavelmente bem fundamentada de que podemos melhorar”. Um neuro mito que nos faz sonhar.


REFERÊNCIAS

S. Herculano-Houzel, Do you know your brain ? A survey on public neuroscience literacy at the closing of the decade of the brain, The Neuroscientist, 2002.

FINALMENTE UM EXAME DE SANGUE EFICAZ PARA DETECTAR A DOENÇA DE ALZHEIMER

Este novo teste detecta a presença de uma forma particular da proteína tau no sangue, que já é usada como biomarcador da doença no líquido cefalorraquidiano.

Atualmente, os testes para rastrear a doença de Alzheimer são caros, invasivos e demorados. Mas a pesquisa está avançando. Em particular, para o desenvolvimento dos primeiros exames de sangue. Isso possibilitaria detectar marcadores biológicos da doença, como o acúmulo de proteína beta-amiloide ou proteína tau. Um desses testes, chamado “ALZpath p-tau217”, envolve a detecção da presença de p-tau217 – uma forma específica da proteína tau já usada como biomarcador da doença de Alzheimer no líquido cefalorraquidiano – no sangue.

Para determinar a eficácia desse método, pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, recrutaram 786 participantes, alguns sem comprometimento cognitivo e outros com doença de Alzheimer. Todos foram submetidos aos métodos clássicos de diagnóstico da doença – exames de imagem cerebral e punção lombar – e também tiveram uma amostra de sangue colhida para o exame. No entanto, analisando o sangue dos diferentes participantes, o teste ALZpath p-tau217 foi capaz de identificar a presença da doença com 80% de precisão. Esse percentual é comparável ao obtido por punção lombar, que mede o nível de proteínas tau e beta-amiloide presentes no líquido cefalorraquidiano, e superior às avaliações realizadas por imagem cerebral, que consiste em procurar atrofia em determinadas áreas do cérebro afetadas pela doença.

Quais serão os próximos passos antes que esse teste seja disponibilizado ao público em geral? – Pois o teste está atualmente disponível apenas para uso em investigação, afirmou Nicholas Ashton, professor de neuroquímica na Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e um dos principais autores do estudo. Ashton disse também que se espera que este teste esteja disponível para uso clínico em breve.

Estes resultados encorajadores terão de ser validados em amostras maiores de doentes e mais diversificadas do ponto de vista étnico e, em seguida, terá de ser obtida uma autorização de introdução no mercado por parte das autoridades de saúde europeias.

Uma jornada que pode levar vários anos, mas com um grande desafio: diagnosticar essa doença mais cedo, de maneiro menos custosa e menos dolorosa para os pacientes.

“ONDAS CEREBRAIS VIAJANTES” CARREGAM SUAS LEMBRANÇAS

Você memoriza um fato novo e uma onda elétrica o transporta da parte de trás para a frente do seu cérebro. Você se lembra disso, e a mesma onda o traz de volta, da parte da frente para a parte de trás do seu cérebro

Você acabou de chegar a um novo país e está diante de um monumento esplêndido. Uma imagem que, inevitavelmente, fica arraigada em sua memória. Seu cérebro “codifica” essa memória: ele registra essa memória e a armazena em algum lugar em seus neurônios. Mas como ele faz isso?

Anos depois, as imagens, sons e cheiros inundam, recriando subitamente a sensação de estar em frente ao monumento em questão. Aí você se lembra dessa lembrança. O que aconteceu?

Bem, em seu cérebro, a memória também viajou. No momento da codificação, ela foi carregada por uma onda elétrica gerada pelo cérebro, chamada de “onda viajante”. Ela se moveu do ponto de entrada da memória, em uma área chamada hipocampo, para a frente do cérebro, no lobo frontal. Então, quando você recupera essa memória, a onda percorre o caminho oposto para trazê-la de volta para você. E você tem isso na frente dos seus olhos.

Como esse fenômeno foi descoberto?

Na Universidade de Nova York, um grupo de quatro cientistas realizou experimentos de eletrocorticografia: uma técnica que envolve implantar minúsculos eletrodos na superfície do cérebro dos voluntários e registrar as descargas elétricas produzidas por essas células nervosas quando elas recebem vários testes. É claro que esse tipo de operação não é realizado apenas para descobrir como as memórias se movem: essas pessoas têm que fazer uma cirurgia cerebral de qualquer maneira para curar crises epilépticas, e as equipes de pesquisa simplesmente aproveitam isso, com sua concordância, para realizar exames adicionais. Eles colocaram eletrodos de gravação na superfície do córtex de 93 pacientes e pediram que aprendessem listas de palavras e, depois de um tempo de espera, recuperassem o maior número possível, dessas palavras, da memória. Dessa forma, puderam estudar a fase de codificação e recuperação das memórias.

UM VAI-E-VEM DE ONDAS DE MEMÓRIA

Os pesquisadores então observaram que, no momento da codificação, os neurônios localizados no nível da têmpora emitiam ondas a uma frequência de 10 herz, ou dez oscilações por segundo. No entanto, essas ondas não permaneceram confinadas aos neurônios do córtex temporal: eles se moviam em direção à parte frontal do cérebro, em direção ao lobo frontal, a uma velocidade de cerca de um metro por segundo (3,6 km/h, aproximadamente a velocidade da caminhada). Em seguida, durante a fase de recuperação da memória, quando os participantes procuravam recordar as palavras que haviam visto na lista, a mesma onda percorreu o caminho oposto, retornando do lobo frontal para o lobo temporal para “trazer de volta a memória”.

O que essas observações nos dizem sobre como a memória funciona?

É como se as lembranças fossem enviadas para um departamento central localizado no lobo frontal, pronto para ser recuperado por ele quando quisesse. Quando queremos recordar informações, essa “vontade” é tipicamente exercida pelo lobo frontal. Mas a observação dessa onda fornece outra informação: trata-se de uma propagação relativamente lenta, comparada a outros fenômenos neurais que podem atingir velocidades de 100 metros por segundo (ou 360 km/h). Esses modos de condução da informação neural provavelmente seguem vias superficiais, ao longo dos ramos horizontais dos neurônios chamados dendritos, que são lentos para conduzir, e não vias profundas que mobilizam axônios de condução rápida. Um pouco como as ondas na superfície de um lago. Resta saber por que…

Fonte = Sébastien Bohler (Docteur en neurosciences et rédacteur en chef de la Révue Cerveau & Psycho).

A MEDIDA QUE NOS APROXIMAMOS DA MORTE, NOSSOS SONHOS OFERECEM CONFORTO E RECONCILIAÇÃO

Sonhos ante-mortem seriam tranquilizadores para os pacientes que estão prestes a chegar à “vida” após a morte! Mas seriam também uma forma de tranquilizar os entes queridos que não podem estar com o paciente moribundo no derradeiro momento.

No período da pandemia do coronavírus, estar com entes queridos à medida que a morte se aproximava tinha se tornado quase impossível… Muitas pessoas morreram sozinhas em um quarto de hospital! Não que estivessem abandonadas, mas sim porque os familiares não podiam estar presentes.

Para os entes queridos, é uma provação psicológica difícil não poder estar presente neste momento. Mas um estudo do Dr. Christopher Kerr baseado nos sonhos de pacientes terminais poderá dar um pouco de tranquilidade aos entes queridos. Se, por alguma razão, não podermos estar com os nossos doentes, nós vamos, pelo menos, imaginar que eles estão partindo em paz!

UM LIVRO PARA EXPLICAR ESSA TEORIA

Em um livro, em inglês, intitulado A MORTE É APENAS UM SONHO, o geriatra Cristóvão Kerr tenta explicar os mistérios desses sonhos ante-mortem! Lembrando que todos os estudos sobre experiências relacionadas à morte são bastante desestabilizadores, e este é um deles.

Foi observando esses pacientes que o Dr. Kerr decidiu focar não só no físico, mas também no psiquismo do paciente. Segundo relato das enfermeiras que cuidavam dos pacientes, os sonhos com entes queridos que já tinham falecidos voltavam ao inconsciente desses pacientes, à medida que eles se aproximavam da morte. Então, o que seriam esses sonhos? – Alucinações causadas por tratamentos paliativos ou fontes reais de conforto?

O Dr. Kerr não tem a resposta para essas perguntas, mas o seu trabalho é um estudo interessante. Tudo começou quando uma de suas pacientes embalava um bebê imaginário enquanto ela se aproximava de sua própria morte. O Dr. Kerr percebeu que esse bebê era provavelmente aquele que Maria, a paciente, havia perdido anos antes. O médico estava convencido de que esse comportamento tinha um efeito tranquilizador em sua paciente. Foi quando ele chegou à conclusão que talvez fosse mais interessante ouvir o paciente, em vez de “apenas” tratar sua dor física.

O PROJETO DO DR. KERR

Durante 10 anos, o médico registrou os testemunhos de 1400 doentes terminais e seus familiares. Os pacientes vêm de diferentes idades, culturas e origens sociais! No entanto, 80% deles tinham o mesmo tipo de sonho que envolvia entes queridos já falecidos. E com a aproximação iminente da morte, os sonhos se tornavam ainda mais frequentes.

Na maioria das vezes, os pacientes viam parentes falecidos ou seus animais de estimação que também já havia falecido. Embora a ciência obviamente não possa provar nada, Kerr diz que sonhar com esses entes queridos parecia confortar os pacientes. Era como se esses seres que partiram os esperassem do outro lado!

Por exemplo, casais de idosos separados pela morte sonhavam com o parceiro morto. No caso das crianças, quando elas enfrentavam a morte iminente, essas crianças costumavam sonhar com seus animais de estimação. Sendo que foi constatado que esse tipo de visões, anteriores à morte, permitia, uma certa aceitação, por parte do paciente, da própria morte. Pois, essas visões ajudavam a diminuir o medo e a aceitar a morte com mais serenidade.

Embora possa parecer impensável, o Dr. Kerr afirma que isso também facilitava o luto daqueles que ficavam. Pois saber que seu ente querido partiu de forma mais serena era benéfico para todos!

Mas, seriam essas visões apenas sonhos? – Ou, como muitas pessoas acreditam, as visitas são de fato feitas por aqueles que já partiram? Ou seja, que realmente existe algo depois da morte do corpo físico?

Se este assunto lhe interessa, CLIQUE AQUI, e veja a palestra do Dr. Kerr no TEDxBuffalo na íntegra no YouTube.

SONHANDO ACORDADO COM A CABEÇA NAS ESTRELAS: AS AURORAS BOREAIS

Uma verdadeira dança celestial, as auroras boreais são um fenômeno natural tão poderoso que pode mudar nossas vidas, nós, humildes terráqueos! Elas nos levam aos confins do mundo, e nos dão um raro e magnífico vislumbre do universo infinito do qual representamos apenas uma parte muito pequena.

Testemunhar uma aurora polar, esse fenômeno hipnótico da luz celeste causado pelas “rajadas” de vento solar que atingem a Terra e chamado de aurora boreal no hemisfério norte e aurora austral no hemisfério sul, continua sendo um sonho para muitos de nós.

Para aqueles que não têm a oportunidade ou os meios de se tornarem caçadores da aurora boreal, nós compilamos algumas imagens impressionantes do incrível espetáculo que ocorre todos os invernos nos céus do Extremo Norte.

VIAGEM EM IMAGENS: O EXTREMO NORTE E A AURORA BOREAL

A aurora boreal é causada pela interação entre partículas eletrificadas que vêm do sol (ou vento solar) e os átomos na atmosfera terrestre.

Aurora era uma deusa romana. E, nas histórias romanas, Aurora renovava-se todas as manhãs ao amanhecer e voava pelos céus anunciando a chegada do amanhecer. Por isso o termo Aurora tem sido atribuído a esses fenômenos, uma vez que essas luzes no céu se assemelham à primeira luz do dia.

COMO SÃO CRIADAS AS AURORAS BOREAIS?

 As partículas solares carregadas de elétrons “excitam” (ou ionizam) os átomos nas camadas superiores da atmosfera situadas próximo do Polo Norte. Quando elas retornam ao seu estado normal, elas emitem um fóton, que gera luz cuja cor varia de acordo com a altitude em que o fenômeno físico ocorre.

Nosso planeta não é o único a ter o privilégio de dar origem às auroras polares. Também os encontramos em Júpiter e nos seus satélites (especialmente Io e Ganimedes), e em Saturno. Porque para gerar as Auroras, os planetas ou os seus satélites não necessitam de uma atmosfera densa, mas eles devem emitir um campo magnético poderoso.

AS CORES DAS AURORAS BOREAIS

Uma aurora polar (aurora boreal ou aurora austral) produz, entre 80 e 500 km de altitude, no céu, uma luz predominantemente verde. Acima deste verde (maior altitude), a cor também pode variar: azul claro, amarelo ou, mais frequentemente, roxo/vermelho durante auroras muito intensas. As diferentes cores estão ligadas aos gases presentes na altitude.

O nitrogênio e o oxigênio que constituem nossa atmosfera são a origem dessas cores. A luz e as cores verdes brilhantes surgem depois que os elétrons dos ventos solares colidem com os átomos de oxigênio.

O APARECIMENTO DA AURORA BOREAL

As auroras polares podem adotar uma morfologia variada, influenciada pelo grau de atividade solar. Elas podem ser difusas ou concentradas, lentas ou muito rápidas, dançando, deslizando, elas são todas diferentes: a aparência mais comum é a de um arco curvo e estático, mas também aparecem na forma de nuvens largas, véus brilhantes, coroas móveis ou cortinas com raios longos e largos.

Sua intensidade é variável: quando muito fracas, elas podem ser invisíveis a olho nu, mas acabam deixando vestígios em uma fotografia de longa exposição. Quando muito poderosas, elas iluminam o céu e as paisagens brancas de neve. Vistas do espaço, as atividades aurorais podem formar uma única cortina que circunda a Terra.

A EMOÇÃO DOS CAÇADORES DE AURORAS BOREAIS

O relatório de uma expedição ao leste da Sibéria em 1865 descreve uma aurora boreal nestes termos poéticos:

Todo o universo parecia estar em fogo. Um imenso arco composto pelas cores brilhantes do prisma atravessou a abóbada celeste, de leste a oeste – como um arco-íris gigantesco – com uma longa franja de fios vermelhos carmesim e amarelos que se estendiam da borda convexa – paralelos ao arco – ergueu-se subitamente no lado norte do horizonte e subiu ao seu zênite – em intervalos de um ou dois segundos – faixas largas – e os céus com uma majestade pronta e constante – como longos rompedores de luz fosforescente – derramada no oceano do espaço sem limites.”

O MISTERIOSO SOM DAS AURORAS BOREAIS

Observadores relatam ouvir sons de arcos elétricos, de leves crepitações durante as auroras mais fortes.

Esses ruídos são provavelmente causados pelas partículas energéticas do sol que criam a aurora boreal, lá longe, no céu: a perturbação geomagnética que elas geram parece produzir sons muito mais próximos da Terra, especialmente quando o campo elétrico é de pelo menos 1.500 volts por metro.

QUANDO E ONDE OBSERVAR AS AURORAS BOREAIS?

A intensidade das auroras boreais depende da atividade solar, que segue um ciclo de, pelo menos, 11 anos. Mesmo que o “máximo solar” tenha sido atingido em 2014-2015, a atividade solar ainda é bastante sustentada, o que torna possível contemplar esses fenômenos naturais a cada inverno.

As auroras boreais podem ser vistas em países próximos ao Círculo Polar Ártico: Islândia, Suécia, Finlândia, Noruega, Rússia, Groenlândia, Canadá, Alasca. Elas ocorrem principalmente entre 21h e 1h, mas podem durar toda a noite.