Nós podemos criar o mais lindo quadro do mundo com todas as coisas que desejamos na vida, mas se nós nos sentimos indignos, é o espírito e o corpo em oposição. A ideia é então, de recondicionar o corpo em direção à um novo espírito.
Então está aqui o antigo EU e o novo EU, e você vai se comprometer à mudar. – No momento em que você decidir de não mais pensar, agir ou sentir da mesma maneira…você vai entrar neste rio de mudança. Porque a parte mais dura nessa mudança é o de não fazer as mesmas escolhas de antes.
Nós temos, em média, 60 a 70 mil pensamentos por dia. Sendo que 90% desses pensamentos são os mesmos do dia anterior.
Os mesmos PENSAMENTOS sempre levam às mesmas ESCOLHAS, e as mesmas ESCOLHAS levam aos mesmos COMPORTAMENTOS, os mesmos COMPORTAMENTOS criam as mesmas EXPERIÊNCIAS e as mesmas EXPERIÊNCIAS reproduzem as mesmas EMOÇÕES. Essas emoções dirigem os mesmos pensamentos.
Nossa biologia, nossos circuitos neurológicos, nossa neuroquímica, nossos neurohormônios e mesmo nossa expressão genética ficam exatamente os mesmos.
Tem um princípio em neurociência que diz: – as células nervosas ativadas juntas, se conectam juntas.
Se continuamos à pensar da mesma maneira e a fazer as mesmas escolhas, a ter os mesmos comportamentos, a reproduzir as mesmas experiencias que mantem as mesmas redes neuronais no mesmo caminho, e tudo isso, em nome de um sentimento familiar chamado VOCÊ, então nós programamos nosso cérebro em um quadro muito limitado, e esse quadro limitado torna-se a nossa identidade, como uma caixa dentro do cérebro.
Estou falando do conjunto de pensamentos, de emoções e comportamentos mais ativados e mais neurologicamente conectados, pela frequência da repetição. Portanto, nossa maneira de pensar, de agir, de ressentir e nossa personalidade cria a nossa realidade pessoal. É isso.
Se você quer criar uma nova realidade ou uma nova vida, você deve mudar a sua personalidade. Isso significa que você deve começar à examinar os pensamentos e muda-los.
Vocês devem se tornar consciente de seus hábitos inconscientes, até em relação ao que vocês falam, e modificá-los.
Vocês devem também examinar as emoções que vos predem no passado, e decidir se essas emoções pertencem também ao vosso futuro.
A maioria das pessoas tentam se criar uma nova realidade com a mesma personalidade, mas isso não funciona. É preciso se transformar em outra pessoa.
Então o nome meditação significa: – Se familiarizar à.
Se estamos sentados à meditar e observamos os pensamentos chegarem, de forma inconsciente, porque estávamos distraídos, e nesse momento tomamos consciência de nossos pensamentos inconsciente, eles passam à nos ser familiar, nesse momento nós meditamos para se conhecer à si mesmo.
Se você tomar consciência do desejo do seu corpo de se levantar e agir, mas você o obriga a ficar lá, lhe dizendo que “ele não é mais o espírito e que o espírito é você”.
Se você tomar consciência desse comportamento inconsciente e ele se tornar familiar para você, aí sim, você está em meditação para conhecer você mesmo.
E se você puder olhar suas emoções, observá-las, mas não vivenciando elas, apenas observá-las. O simples fato de observá-las, significa que você não é mais o programa. Você é, de agora em diante, a consciência que observa o programa. E você começa à objetivar o EU subjetivo. Você se olha com os olhos de outra pessoa. O que quer dizer que você não é mais o antigo EU. Você é uma consciência pura que observa o antigo EU. É a primeira etapa dentro do processo da meditação.
Devemos acender um fósforo em um lugar sombrio, e ter totalmente consciência da nossa inconsciência passada e não deixarmos nenhum pensamento, nenhum comportamento ou emoção escapar da nossa consciência.
Então, se você meditar e você se disser: – O que é a compaixão? Existe uma melhor maneira de viver? Como mudar a minha vida? Como me sentir melhor comigo mesmo?
Se você começar a refletir à respeito dos pensamentos que você quer ativar e conectar dentro do seu cérebro, você vai começar à examinar o comportamento que você vai adotar nessa nova vida. O fato de repetir mentalmente, você começa à mudar o cérebro, afastando ele do passado e orientando ele em direção ao futuro.
Graça à repetição, o cérebro terá a impressão de já ter vivido essa experiência. A partir daí, o cérebro terá uma nova instalação do disco duro. O que prepara o cérebro futuro.
Nós devemos, literalmente, nos transformar em outra pessoa. Em outras palavras, os pensamentos são a linguagem do cérebro e as emoções são a linguagem do coração. E como seus pensamentos e a forma como você se sente criam o seu estado de ser?
Muitas pessoas têm experiencias em suas vidas que lhes marcam emocionalmente, eles sentem o medo, a cólera, a dor, a frustração e a insegurança. E essas emoções acabam fazendo parte de sua identidade. Então, desde que eles começam à pensar à certas coisas, isso ativa circuitos específicos dentro de seus cérebros que são iguais à suas emoções, eles sentem a insegurança. E quando eles sentem a insegurança, eles têm outros pensamentos ligados à essa emoção, o que libera ainda mais agentes químicos que os faz sentir ainda mais assim.
A repetição desse ciclo, ao longo do tempo, condiciona o corpo e eles se tornam inconscientemente “o espírito da insegurança”. A pessoa diz então: – “Eu me sinto em insegurança”. E a partir do momento que você afirma algo, você comanda o seu espírito e o seu corpo à esse destino. Portanto, a biologia de muitas pessoas é, em grande parte, fruto do seu passado. Então, se você não é definido pelo seu futuro, por novas possibilidades em suas vidas, só lhe restará os velhos circuitos do seu cérebro e as velhas emoções do passado.
A questão é: – Você pode acreditar em um futuro que você não pode ainda ver, experimentar com os seus 05 sentidos?
Mas se você pensar com fé suficiente dentro do seu espírito, o seu cérebro vai literalmente mudar para parecer aquilo que seria se a experiencia já tivesse acontecido.
As últimas pesquisas em neurociência dizem que você pode mudar o seu cérebro apenas pelo pensamento. Desde que você começa à pensar em novas possibilidades e o seu cérebro começa à ativar novas sequencias, novos circuitos, novas combinações, e que você começa à planificar um novo comportamento e que você começa à visualizar dentro do seu espirito, repetindo mentalmente que tipo de pessoa você quer ser em sua vida. O simples fato de visualizar mentalmente, muda os circuitos neuronais dentro do seu cérebro. Depois disso, o seu cérebro não registrará mais o passado. Agora passa a ser um mapa do futuro.
E se você começa acolher o seu futuro antes mesmo que ele se manifeste, em outras palavras, você não espera mais que a cura aconteça para que você se sinta curado.
– Você não espera mais a próxima relação amorosa para sentir o amor.
– Você não espera mais um evento místico, para sentir a admiração.
– Você não espera mais o seu sucesso, para se sentir poderoso.
Pois tudo isso era o modelo antigo daquilo que chamamos de – causa e efeito -.
Os materialistas, aqueles que esperam que a riqueza chega em suas vidas para sentir a abundância vive com esse modelo de Causa e Efeito. Mas o modelo quântico está baseado sobre a Criação do Efeito. O que quer dizer que você começa à experimentar o seu próprio valor, a sua abundancia antes que ela aconteça. Você deve sentir a sua completude antes da cura começar. Nós devemos sentir amor por nós mesmo e pela vida se nós queremos amor em nossas vidas. Então, é preciso ensinar as pessoas como educar os seus corpos emocionalmente e lhes ensinar o que pode parecer o seu futuro antes mesmo que ele se manifeste.
Se as pessoas fizerem tudo corretamente, os seus corpos começam à acreditar que eles vivem essa realidade futura no momento presente. Eles ativam novos genes que modificam os seus corpos para que eles sejam exatamente como se o evento já tivesse acontecido.
O processo da mudança, em termo de modelo, retém o desaprendizado e o reaprendizado. Ele desfaz os hábitos do antigo EU e reinventa um novo EU.
Como diria a neurociência, são cortadas velhas conexões sinápticas e são criadas novas conexões. Estopar a ativação e o cabeamento e depois reativar e refazer o cabeamento. Abandonar as emoções que estão estocadas no corpo e recondicionar à um nosso estado de espírito, uma nova emoção. Não mais ativar os mesmos genes da mesma maneira, e sim ativar novos genes de uma nova maneira. Retirar a sua energia do passado e começar a investi-la no seu futuro.
O que nós ensinamos às pessoas não é de ficar rezando e esperando que as suas orações sejam atendidas. E sim, de se levantar após as suas meditações como se as suas orações já tivessem sido respondidas. Porque quando eles combinam as suas intenções claras em relação aos seus futuros com a emoção elevada, eles mudam literalmente as suas energias, eles mudam a químico do seu cérebro, eles mudam a maneira como os seus cérebros funcionam, eles mudam as suas expressões genéticas e eles mudam a sua biologia. Eles se tornam, literalmente, outra pessoa.
Quando as pessoas fazem isso continuadamente, mesmo que demore meses antes de se curar, mas a gente viu isso tantas vezes, que eles chegam à um certo nível de consciência que a doença desapareceu. É como se a doença só existisse dentro da antiga personalidade, eles são realmente outra pessoa. Nós vimos isso o suficiente para saber que as pessoas atingem um ponto dentro de si, onde eles se sentem totalmente inteiros, totalmente satisfeitos de quem eles são. Eles se sentem tão felizes que eles não se importam de estar doentes. E é nesse momento que a doença desaparece.
Como explicar o fato de que, quando damos as pessoas um comprimido de açúcar, um injeção salina, ou lhes fazemos uma falsa operação ou um falso tratamento, uma boa porcentagem dessas pessoas aceitará, acreditará e se submeterá ao pensamento que estamos lhe administrando uma verdadeira substancia ou um verdadeiro tratamento, e à partir daí, elas começam à programar o seus sistemas nervosos autônomos para fabricar a sua própria farmácia de substância que corresponde exatamente à substancia que elas acreditam estarem tomando.
Então a questão é: – Será a substância inerte que cura ou é a capacidade genuína do corpo que cura?
O comprimido de açúcar e a substância inerte não curam, é o pensamento que cura. Mas este comprimido baseado no condicionamento é um símbolo que representa a possibilidade no futuro de alguém. Podemos chamar isso de Intenção.
Uma certa porcentagem dessas pessoas começou a ser inspiradas, entusiasmadas, exaltadas, preenchidas de Deus, e começarão à esperar, à agradecer que isso possa funcionar. Elas só estão ligando uma intenção clara à uma emoção elevada. Nesse momento, elas passam da biologia dos seus passados para a biologia dos seus futuros. Então, a questão é:
– Nós precisamos de um comprimido de açúcar, de uma injeção salina ou de um falso tratamento, para passar para um novo estado de ser?
– Em vez de escolher o conhecido em nossas vidas para nos ajudar à sermos curados, poderíamos escolher o desconhecido e o novo potencial no Campo quântico que não esteja no lado externo?
– E à força de revisitar este desconhecido, até que ele se torne conhecido em nossa biologia, poderíamos começar a produzir os mesmos efeitos?
A resposta é SIM.
Nos estudos sobre a depressão, nós damos à pessoas um placebo. 81% dessas pessoas reagem tão bem ao placebo como reagem bem ao antidepressivo.
O que isso quer dizer? – Quer dizer que elas fabricam a sua própria farmácia de antidepressivos. E que o corpo, e o sistema nervoso são as melhores farmácias do mundo. Então, sim, é verdade que as pessoas tiveram, nos estudos sobre a depressão, que tomar o placebo 6 ou 8 semanas. Mas, o fato de que à cada dia essas pessoas terem uma intenção clara associada à uma emoção elevada, de passar à um novo estado de ser, de aceitar, de acreditar e de se submeter à ideia do pensamento que elas estão tomando a verdadeira substância, começou à programar a sua biologia para a mudança. Portanto, se é preciso 6 semanas para curar a depressão e passar à um novo estado de ser, pode ser uma boa ideia compreender que pode ser necessário apenas 6 a 8 semanas, passando cada dia à um novo estágio de um novo estado de ser, para finalmente mudar uma patologia em nós. Então, a beleza do placebo é que ele está baseado sobre a Crença. E as Crenças da maioria das pessoas são frutos de experiencias passadas. Pois, ao longo da vida temos uma série de experiencias que nos marcam neurologicamente e nos condicionam emocionalmente, e temos a tendência de pensar e ressentir dentro da biologia das nossas experiencias passadas. Portanto, a sua maneira de pensar e ressentir cria um estado de ser.
Se combinamos um pensamento e um sentimento e repetimos várias vezes, isso se tornará um hábito. Um bom pensamento, ligado à um bom sentimento cria um bom hábito. Um mal pensamento, ligado à um mal sentimento, cria um mal hábito.
Portanto, os hábitos são estados de ser encurtados. Um bom hábito de manhã, e um mal hábito à tarde, se pegarmos os hábitos e colocarmos em uma corrente, começamos a criar uma crença. Uma crença é um pensamento que temos de forma continuada até ela esteja programada dentro do nosso cérebro. Nossos sentimentos são o limite de nossas crenças. E quando nossas crenças são colocadas em questão, isso torna-se um problema.
Portanto, se a nossa maneira de pensar e de sentir, cria um estado de ser; e se a repetição do pensamento e do sentimento condiciona o corpo à se torna inconscientemente o espirito, então todas as crenças são estados de ser inconsciente.
As pessoas nem se dão conta que elas têm crenças sobre a medicina, sobre Deus, sobre as relações, sobre o amor, sobre o gênero, porque elas foram inconscientemente programadas. Se acorrentamos as crenças, crenças e mais crenças, nós formamos percepções. As percepções estão ligadas às nossas escolhas, às nossas criações, às nossas relações e mesmo aos nossos comportamentos. Na verdade, se quisermos estudar as crenças de alguém, é só estudar os seus comportamentos, isso nos dará um gama de informações sobre esta pessoa.
Portanto, se nós somos programados para acreditar que precisamos de alguma coisa fora de nós, para nos curar, isso se tornará a nossa crença, e é claro, nós iremos precisar de alguma coisa externa à nós para nos ajudar à nos curar.
Fonte: Joe Dispenza